Na Natureza, podem ser encontrados diversos comportamentos ondulatórios, desde os movimentos dos oceanos, até á própria propagação do som pela atmosfera. Nem todos, portanto, observáveis pelo olho humano. Tais características aplicam-se ao espectro eletromagnético, que compreende tanto a luz visível como radiações invisíveis: radiações ultravioleta e, igualmente, radiofrequências, por exemplo.
Assim, as ondas eletromagnéticas, formadas por oscilações nos campos elétricos e magnéticos, perpendiculares entre si - ondas transversais-, transportam energia através do espaço sem transportar matéria nem necessitarem de um meio material para se propagar, sendo distinguíveis entre si pela sua frequência.
Por sua vez, as radiofrequências possuem características particulares:
- No caso das frequências mais altas, como não penetram profundamente em condutores elétricos, criam tenções elétricas à sua superfície – efeito skin
- Quando a sua frequência se encontre compreendida entre 10 kHz e 10 MHz, podem ser captadas a consideráveis distâncias do local de emissão, devido a fenómenos de reflexão que ocorrem nas camadas superiores da atmosfera, em particular na ionosfera. As de frequência superior, por serem aí absorvidas, e devido à curvatura da terra, obrigam a recorrer a estações repetidoras ou a satélites.
- Ondas de mais baixa frequência são capazes de acompanhar a curvatura da terra.
- Quanto maior a sua frequência, maiores se tornam as perdas de energia ao se propagarem na atmosfera.
As radiofrequências são utilizadas em diversas áreas:
- Na Medicina, principalmente na área da estética e em ressonâncias magnéticas (MRI).
- Nas transmissões radiofónicas.
- Na televisão por satélite.
- Wi-Fi.
- Navegação, especificamente para transporte aéreo, navios, submarinos(as de menor frequência), e os respetivos sinais de emergência.
- Bluetooth.
Sabias que?!
Como as variações nos campos elétricos e magnéticos associadas a ondas eletromagnéticas são o resultado da aceleração/oscilação de uma carga elétrica – um eletrão, por exemplo, as próprias correntes alternadas que circulam nas instalações elétricas das nossas habitações emitem ondas eletromagnéticas que, tendo uma frequência que, situando-se por volta dos 50 ou 60 Hz, dependendo das regulações do país, podem ser caracterizadas como radiofrequências.
Os eletrodomésticos que utilizamos todos os dias são rigorosamente testados para garantir que este fenómeno não tenha consequências negativas para o ser humano.
Artigo escrito por Gabriela Silva